top of page

Até Breve Tula


Hoje, como não é costume, almoçamos cedo aqui pelo CITA.


E talvez, sem esse prato de arroz e feijão que hoje não nos faltou, não aguentasse a notícia que receberia por volta das 15h.


"Gente, não to acreditando que a Tula faleceu..."


Não sou de olhar grupos de Whtas, mas hoje olhei. E no grupo de trabalho da produtora recebo a notícia de que a Tula havia falecido. E em seguida é uma enxurrada de mensagens e postagens sobre.


A idéia do CITA e desse SITE sempre foi integrar, fomentar e difundir as artes. Através das apresentações, cursos, convidados, festas e todas as ações que criamos dos portões para dentro e semeamos mundo a fora. E se falamos de arte, falamos de Tula.


Tula sempre se fez presente por aqui.


Então, nessa publicação não nos importa discutir como Tula Pilar Ferreira, mineira, negra, doméstica, mãe, moradora do além do extremo sul de SP, em Taboão, e artista morreu. Nos importa discutir como ela viveu, o que fez por nós e o que faremos da sua memória e arte.


...


A vida é impressionante...


Há umas três semanas atrás assisti a Tula esbanjando luz na telinha da globo no jornalístico do almoço, e hoje quase que no mesmo horário estou esperando o nosso colega Daniel (Bando Trapos) mandar notícias da UPA junto com o Pedro (Candongueiros do Campo Limpo) seu filho.




A gente não vai ficar só limpando chão

que agora a caneta é meu troféu

bordo as palavras no papel

e é tudo o que quero dizer







Aqui no Espaço Cultural CITA a Tula já cantou, dançou, atuou, fez curso e vendeu muito livro e cachacinha boa para nós. Quem nunca colou numa festinha aqui e provou das suas cachaças ou descolou um livro?


Esse que vos escreve a conheceu em um curso de Produção Cultural. Tive a sorte de fazer alguns trabalhos do curso com ela (as vezes ela nem colava no dia de entregar e eu me ferrava legal).


Temos muitas lembranças da Tula por aqui. Em cada sala, ambiente...


Na última segunda feira há vimos no Sarau da Ponte Para Cá (Queremos as fotos pooor favor Thata e produção). Fui embora mais cedo, e por volta das 22 horas e alguma coisa, me despedi pela última vez da Tula. Que no corredor externo, na fila para o banheiro, enquanto conversava e esbanjava alegria e luz para todos, me deu um abraço e um beijo segurando mil papéis e um livro na mão.











Ficam aqui nossos sentimentos aos filhos e familiares da Tula, e nossa promessa que enquanto o CITA resistir, para sempre será lembrada.






145 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page